Arquivo da categoria: Liderança

Insights essenciais sobre liderança, adquiridos por meio da experiência do dia a dia e relacionados com as teorias mais modernas sobre o tema. Confira!

Estratégia – Warren Buffett

A estratégia vence o mercado

O pensamento estratégico que lutou tantas guerras, definiu o destino de nações, venceu nos negócios e no esporte tem outros adeptos. 

O mundo dos investimentos também não seria o mesmo sem a estratégia aplicada por pessoas notáveis. A mais celebrada delas, o Oráculo de Omaha, o homem que mudou a nossa concepção sobre investimentos e alcançou o topo: Warren Buffett. 

Buffett não escreveu livros, mas escreveu cartas para seus acionistas todos os anos, desde 1965. Não deu muitas entrevistas, mas compartilhou suas ideias nas apresentações anuais de sua empresa, um evento que acabou ficando conhecido como o Woodstock do Capitalismo.

Duas fontes valiosas para entendermos melhor o seu legado e conhecermos a estratégia que venceu o mercado nos últimos 55 anos, dobrando os ganhos em relação ao índice S&P 500 (de 1964 a 2020, seus ganhos compostos anuais foram de 20% vs. 10% da S&P, incluindo os dividendos). 

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Estratégia – Phil Jackson

A estratégia conquista o esporte

Imagine chegar em um ginásio para treinar um badalado time da NBA. Uma equipe lotada de gigantes, não apenas pela estatura descomunal, mas por todo seu talento e conquistas.

Você olha para aqueles atletas vencedores, impetuosos por novas vitórias, egos inflados e contando as horas para acabar com o próximo oponente, como touros que arranham o chão aguardando o momento de atacar. 

Você, então, os reúne em círculo no meio da quadra, pede para que fechem os olhos e… comecem a meditar.

Essa foi uma das estratégias inusitadas utilizadas por Phil Jackson, o lendário treinador de basquete, considerado por muitos o maior vencedor do mundo dos esportes.

Ele juntou o zen-budismo, a cultura dos guerreiros Lakota, alguns ensinamentos dos textos sagrados chineses e a boa e velha música para formar algumas das equipes mais competitivas de todos os tempos.

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Estratégia – Churchill

Uma questão de vida e liberdade

Nossa série sobre grandes estrategistas chega ao seu 4º artigo. 

Com Sun Tzu, aprendemos um pouco sobre a arte da guerra, com Maquiavel a arte da política e com Rockefeller a arte dos negócios.

Nesse texto, vamos falar de estratégia em uma das passagens mais dramáticas da nossa história recente: a Segunda Guerra Mundial.

Um palco ávido por todas essas artes. Um drama para colocar à prova todas as nossas crenças, para desafiar tudo que aprendemos e questionar tudo que acreditamos.

Uma jornada sem herói, mas com muitos atores e desfechos possíveis. 

No cenário da guerra, coadjuvantes se alternam no protagonismo, assim, surgem pontos de vista diversos. Nesse complexo e intrincado enredo, muitos personagens se destacam

O propósito dessa série não é procurar mocinhos ou algum exemplo de moral e de bons costumes.

Vamos falar de um astro da estratégia, que traz consigo todas as suas falhas, todos os seus erros e todo o lado negativo da sua persona, assim como os acertos que o ajudaram a salvar a Europa do mal maior.

Falaremos de algumas das estratégias e pensamentos do amado e odiado, do idolatrado e criticado, Winston Churchill.

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Estratégia – Rockefeller

A estratégia encontra os negócios

Como vimos nos últimos textos, o pensamento estratégico tem origem na guerra, na conquista de territórios e na subjugação do inimigo. Vimos também que a política se alimentou da estratégia para buscar o sucesso de estados e nações.

Com o passar do tempo e algumas revoluções depois, principalmente a industrial, estrategistas começaram a surgir em muitos outros setores, com grande destaque para o mundo dos negócios.

As opções de figuras notáveis nessa área são inúmeras, os livros acadêmicos estão recheados de grandes gurus de estratégia corporativa. Porém, percebi que muitos deles ficaram mais famosos por suas teorias do que pelos seus feitos.

Foi por isso que decidi pesquisar sobre quem realmente realizou a estratégia e não apenas teorizou sobre ela. 

Falaremos de um dos primeiros empreendedores a superar todos os demais, um dos mais bem sucedidos estrategistas de negócios de todos os tempos:

John D. Rockefeller, o controverso americano que, de uma forma sem paralelo em nossa história, conquistou o seu império no acirrado ambiente empresarial.

Sua empresa não se transformou apenas na número um do mundo, por algum tempo, ela foi a única.

A epítome da estratégia – eficiente e pragmática -, independente de ser boa ou má, como na guerra.

Salve-se quem puder, Rockefeller está chegando.

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Estratégia – Maquiavel

Estratégia e política se encontram

Após conhecer um pouco do pensamento de Sun Tzu, vamos avançar no tempo e estudar outra figura notável do pensamento estratégico: Maquiavel.

Assim como Sun Tzu pode ser considerado um dos precursores da Ciência Militar, Maquiavel é considerado o pai da Ciência Política. 

Usou a experiência, a observação e o estudo da história para entender as estratégias de grandes líderes que traziam o melhor resultado.

Considerado por muitos um fracasso como político, a sua verdadeira contribuição foi entender como a política realmente acontecia, sem utopias. Uma verdade nua e crua que eternizou seu legado.

Com sua principal obra, O Príncipe, o controverso italiano cravou o seu nome não apenas nos livros de história, mas também em nosso dicionário – uma honra para poucos – dando origem ao termo maquiavélico.

A conotação negativa que carrega seu nome, no entanto, é desconstruída facilmente quando conhecemos melhor o seu contexto.

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Estratégia – Sun Tzu

A base da estratégia

A estratégia tem sido um dos temas mais debatidos nas escolas de negócios desde os seus primórdios. Uma arte que teve início no combate entre tribos, influenciou a política de estados e evoluiu nas guerras entre nações, até chegar com tudo ao âmbito empresarial.

Pano de fundo para as decisões e caminhos tomados por grandes personalidades históricas, a estratégia de hoje não se resume a jogos, livros ou um discurso, em forma de castigo, do Capitão Nascimento.

O pensamento estratégico está inserido em nossa sociedade desde seu início, consolidando nosso presente e moldando o nosso futuro, esteja você fazendo uso dele ou não.

O post de hoje marca o início de uma série dedicada a estudar as ideias de grandes estrategistas

Dois são os objetivos, o primeiro é entender de maneira objetiva a estratégia na sua forma mais essencial, o que nos leva à sua aplicação prática atual; o segundo é nos proteger de estrategistas inescrupulosos, que usam verdadeiras manobras de guerra para concorrer em tempos de paz.

Para começar essa jornada, nada melhor do que recorrermos a um clássico: Sun Tzu.

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Funcionários Tóxicos – Bad Apples

Pessoas que contaminam todo o time

No post Chefes Agressivos, discutimos como o comportamento equivocado de um líder pode contaminar todo o ambiente de uma organização e até afetar a saúde de seus colaboradores.

Hoje em dia, é muito comum encontrar exemplos na mídia, em cursos ou na literatura sobre o tema. A verdade é que os líderes tóxicos estão sob ataque e seu reinado parece estar ameaçado. Ótimo!

Mas, quando pesquisei para fazer aquele post ou, mesmo hoje, quando leio algo sobre o assunto, penso no outro lado da moeda. Afinal, seria ironia supor que a toxicidade está limitada a profissionais em cargos de liderança.

Por isso que hoje vamos falar dos Funcionários Tóxicos. Aqueles que contaminam o ambiente, mas muitas vezes garantem sua permanência na empresa por algum outro fator.

Os Bad Apples estão muito mais presentes do que você imagina.

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Gerente – Papel e Práticas – parte 2

Gerenciamento na Prática

No post anterior, após avaliar o desenvolvimento do papel do gerente ao longo do tempo, definimos o gerenciamento atual como o ato de coordenar um grupo de pessoas para atingir uma meta específica, ao mesmo tempo que se leva em consideração a inevitável mudança e incerteza.

Hoje, vamos comentar alguns dos assuntos que fazem parte de sua rotina e conhecer práticas modernas de gerenciamento. Tratam-se de conceitos ou métodos propostos por grandes autores e referências no assunto, com alguma contribuição da minha própria experiência ao longo dos últimos nove anos como gerente.

  • Vamos falar das temidas, porém necessárias, metas.
  • Discutiremos como os gerentes podem lidar com mudanças e problemas.
  • Vamos verificar a importância do alinhamento de um plano de ação.
  • Descobriremos como “sair do caminho e deixar as pessoas trabalharem“, com a Gestão Participativa.
  • Conheceremos alternativas de monitoramento e o que fazer com obstáculos.
  • Entenderemos as diferenças entre gerentes de sucesso e gerentes eficazes. 
  • Vamos aprender o que são e como evitar as dívidas de gestão.
  • E, para finalizar, conheceremos o mindset que pode destacar um bom gerente.

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Gerente – Papel e Práticas – parte 1

O papel gerencial da liderança

Quando falamos de liderança, normalmente, enaltecemos a figura daquele que é visionário, que inspira as pessoas a se dedicarem em prol de um objetivo comum. Esse tipo de gestor, nós chamamos de líder.

Os que não conseguem tal proeza, nós chamamos de chefes. Aquela figura burocrática e autoritária, que não desperta nas pessoas um interesse genuíno de contribuir, apenas cobra melhores resultados, controla processos e não admite que algo saia errado.

Como discutimos em outro momento, a definição de líder ou chefe não passa de uma questão de perspectiva. Porém, no meio desse jogo de segregação da liderança – que na verdade é apenas fruto da nossa mania de dar nomes para as coisas – existe uma figura real e muito importante:

Aquele que executa, que faz as coisas acontecerem, que define exatamente o que cada um precisa fazer, para que a visão de uma empresa se torne realidade.  No post de hoje, vamos entender um pouco melhor o papel do Gerente.

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Educação e Liderança

O papel do líder educador

Hoje em dia, é comum ouvirmos que o desenvolvimento dos indivíduos de uma equipe faz parte das atribuições de um líder. Sejam competências técnicas ou habilidades cognitivas, os gestores estão sempre (ou, pelo menos, deveriam estar) preocupados com o conhecimento de seu time. Afinal, sabemos que quanto mais preparadas as pessoas estão, melhor é seu desempenho.

Idalberto Chiavenato, em seu livro Construção de Talentos, afirma que existe um problema muito grave e irreparável nas organizações: “o desperdício contínuo e sistemático de talentos, conhecimentos, habilidades e competências das pessoas.”

Para o requisitado consultor de empresas, Vicente Falconi, a função do líder é compreender a situação atual e conduzir as pessoas sob sua autoridade para as mudanças necessárias.  As mudanças são, portanto, a prática do conhecimento.

Já vimos aqui no blog a importância da autoeducação, a relevância do aprendizado contínuo e como o learnability pode determinar o sucesso dos profissionais em um mundo que não para de mudar.

No post de hoje, vamos tentar encontrar respostas para outra pergunta: qual é o papel do líder na educação de seus liderados em uma época na qual a maior parte do conhecimento humano está no bolso das pessoas?

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Barreiras da Colaboração

Vencendo as barreiras da colaboração 

Participei recentemente de um projeto, que, dentre outras coisas, visava compartilhar boas práticas entre diferentes setores de uma empresa. O ganho da iniciativa parecia óbvio, entenderíamos quais equipes possuíam os melhores processos, programas ou metodologias e, assim, replicaríamos para as demais.

A primeira impressão foi de que as equipes receberiam tais práticas de braços abertos, afinal, tratavam-se de práticas comprovadamente efetivas, que poderiam resultar em ganho de performance. Mas, as coisas foram um pouco mais complicadas do que isso, muitas pessoas ou equipes foram muito resistentes em colaborar.

Ficou claro que havíamos subestimado a complexidade do elemento humano.

Tudo isso despertou minha curiosidade, afinal, quais são as barreiras da colaboração nas empresas e como podemos desenvolver equipes colaborativas?

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O Paradoxo da Autonomia

A autonomia e outras contradições

  • Contratamos as pessoas mais capacitadas para, depois, lhes dizer o que fazer.
  • Buscamos profissionais com uma nova maneira de ver as coisas, mas exigimos que sigam padrões.
  • Pedimos para terem visão de longo prazo, mas recompensamos apenas os resultados do presente.
  • Valorizamos a cooperação e o trabalho em equipe, mas incentivamos a competição.
  • Falamos de inovação, mas não queremos correr riscos.

A lista de contradições no mundo dos negócios é extensa. Um mundo que clama por maior proatividade e iniciativa, como vimos no texto Liderança na Era Pós-Digital, mas não abre mão do controle e de processos padronizados.

No texto Propósito e Motivação, vimos que o desejo de ser auto orientado é um dos principais atributos que resultam em melhor performance e satisfação pessoal.  No post de hoje, selecionamos três fatores contraditórios que nos levam ao Paradoxo da Autonomia: a Microgestão, a Responsabilidade e a Igualdade.

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Propósito e Motivação

Como o propósito ajuda as equipes a se motivarem?

Quando falamos de Liderança na Era Pós-Digital, encontramos um conjunto de insights que pode ser utilizado na gestão de pessoas em ambientes de constante mudança. O primeiro deles foi: Crie um propósito. Confesso que não fiquei satisfeito em ter apenas um comentário tão curto sobre um tema tão vasto. Por isso, decidi pesquisar um pouco mais sobre a importância do propósito na motivação de equipes.

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Liderança na Era Pós-Digital

O que muda para os líderes na Era Pós-Digital?

No post sobre a Era Pós-Digital, observamos como o avanço da tecnologia está alterando a dinâmica dos mercados, organizações e relação com os consumidores. Hoje, vamos buscar entender como a liderança pode atuar nesse cenário altamente disruptivo, em que a efemeridade é perene, a transformação é rotina e o caos é status quo.

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Como ser líder – uma questão de perspectiva

Uma verdade inconveniente sobre como ser líder

Algumas semanas atrás, estava comprando o pãozinho de todo dia na padaria do meu bairro, quando ouvi duas jovens, na faixa de seus 20 anos, reclamando em alto e bom som de seu trabalho, infelizmente, uma cena típica em qualquer lugar. Em dado momento, o foco das reclamações passou a ser a sua gerente e uma frase me marcou: “…ela tem que entender que existe uma diferença entre chefe e líder. Ela não sabe como ser líder!

Isso me deixou com uma grande inquietação: seria a definição de boa liderança apenas uma questão de perspectiva? Afinal, aquelas jovens certamente não estavam avaliando a capacidade de seu chefe de gerar resultados para a empresa, baseado em estudos ou reflexões apuradas, mas sim, julgando, exclusivamente, a sua capacidade de fazê-las felizes, ou algo assim.

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